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Jorge Macedo: um guaxupeano caracterizado por forte e íntegra personalidade

Engenheiro civil, Jorge Victor Ribeiro Macedo exerce a profissão há 39 anos. Formou-se pela UNIFENAS sendo, também, professor na área. Ao longo da carreira, vem cooperando com uma gama muito expressiva de construções civis em Guaxupé e região.

Por Rosângela Felippe




Jorginho Macedo, como é mais conhecido, tornou-se um homem de opiniões bem definidas, dando exemplos imensuráveis sobre como dar valor à família, ao trabalho e à cidade em que nasceu.


Muito respeitado por toda sociedade guaxupeana, herdou da mãe Terezinha dos Reis Macedo e do pai Jorge Benevides Macedo a postura digna dos que têm bom coração e, ao mesmo tempo, a conduta rígida de um cidadão imparcial e com os olhos voltados ao que é perfeitamente lícito.


Sua família, tradicionalmente dedicada ao comércio em Guaxupé, muito tem colaborado, através de décadas, com o desenvolvimento da economia local. São empreendedores que, de geração a geração, propiciam empregos participando da luta de muitas famílias guaxupeanas para a boa criação de seus filhos, pois, geram salários.

Solidário às boas causas da cidade, Jorginho Macedo não somente colabora com ações, mas com palavras, sugestões e bom discernimento sobre a realidade social que circunda Guaxupé.


Casado com Wilma de Mello Macedo, o casal tem os filhos Jorge Macedo Netto (veterinário) e Fernanda de Mello Macedo (psicóloga). Ambos bem encaminhados na vida e muito queridos pelas famílias guaxupeanas.


Jorge Macedo tem três irmãos: Paulo Cesar Ribeiro Macedo, Mylene Macedo Deotti e Wagner Emmanuel Ribeiro Macedo (já falecido).


Um dos administradores e fundadores da comunidade do Facebook , ‘Grupo Guaxupé Destaca’, Jorginho, junto com a equipe de coordenadores, exerce uma importante função nesta numerosa rede de amigos que hoje conta com mais de 32 mil membros (guaxupeanos que residem em várias partes do Brasil e do mundo). A página virtual, que a princípio visava apenas integrar pessoas da cidade, bem como colaborar com o resgate histórico de Guaxupé, com o tempo assumiu o encargo de transmitir acontecimentos gerais de interesse da população. Acrescentou-se, então, um caráter mais jornalístico ao grupo contando com o suporte deste guaxupeano apaixonado pela sua terra natal.


Grande batalhador do projeto “Plantando Vida”, criado como apoio à preservação da natureza dentro e no entorno da cidade, Jorginho é um dos maiores símbolos deste movimento em prol da reprodução das árvores e da sobrevivência da fauna da região.


Jorginho, nesta entrevista para a Revista Mídia - e como engenheiro experiente - relata suas ideias com relação às construções de Guaxupé, tanto as antigas quanto as modernas obras desta cidade que não pára de crescer. Expressa, também, seu extremo amor pela família preservando o conceito do que é o bom e verdadeiro cidadão guaxupeano.


Sua família sempre atuou no setor de lojas em Guaxupé. Você, ainda menino, já ajudava a atender a clientela da Ótica Jussara com muito traquejo e responsabilidade. O fato de você ter escolhido a Engenharia Civil como profissão induz que o ramo de comércio não o envolveu como aos seus pais e avós?


Envolveu sim, mas eu sempre gostei de desafios e a matemática é um destes. Mas a parte comercial é muito importante e eu tive um grande professor que foi o meu pai, Jorge Macedo. Para mim, a engenharia é muito bonita e exata. Eu aprecio muito os cálculos estruturais que são referentes às fundações, pilares, vigas e lajes, enfim, a estrutura do edifício. Aprecio, também, a lógica da matemática e os desafios encontrados em cada obra.


Como nasceu o professor?


Fui monitor em faculdades e também dei aulas em cursos técnicos. Lecionei na UNIFENAS, no CIEG em Guaxupé e fui substituto da FACEG, no curso de engenharia.


Suas experiências como engenheiro são bem vastas. Cite-nos algumas.


Eu trabalhei na AMOG como engenheiro durante cinco anos dando assistências em 17 municípios da região. Ao longo da carreira, pude projetar redes de esgotos, escolas, hospitais, posto de saúde, ginásio poliesportivo, entre outros. Participei da construção da Vime Veículos, do Sesi, da Automotiva (hoje Legrand), construí algumas obras para a Cooperativa dos Cafeicultores (silos na fábrica de ração, ambulatório), do curtume Couros Mayer (galpões e tratamentos de efluentes) e de canalização de córregos. Eu construí o palco da exposição agropecuária, diversas casas e quatro loteamentos. Enfim, eu participei de muitas obras em Guaxupé e região.


Existe alguma tendência mais específica por parte dos guaxupeanos quanto aos estilos de construções ou você observa que há escolhas bastante distintas?


São distintas, mas tem certos clientes que gostam de determinadas obras e querem aproveitar algumas ideias. Importante frisar que temos tendências de épocas. Existem em Guaxupé obras tradicionais e são belas, mas também há obras com estilos mais modernos. Hoje, há preocupações em se restaurar obras para que seja preservada a nossa memória.


Então, pode-se afirmar que, Guaxupé tornou-se uma cidade que se importa com a preservação do seu patrimônio histórico no que diz respeito às antigas edificações da cidade?


Sim, Guaxupé já aprendeu que se deve preservar o seu patrimônio histórico. Haja vista algumas obras que já foram restauradas e há estudos para a realização de novas restaurações. Estou como projeto restaurar a ‘Casa da Vó Maria’ ( fábrica de calçados Saad), situada na Rua João Pessoa, no centro da cidade. Recentemente, concluí a obra do Sr. Domingos Paschoa Pereira, na Avenida Ribeiro do Valle, ao lado das Lojas Americanas.


Para recuperar uma edificação em ruínas como, por exemplo, o Palácio das Águias, a contribuição do engenheiro civil poderia tornar possível a recomposição da obra?


Sem dúvida. A contribuição de um engenheiro na obra ajuda a restaurá-la com maior segurança. Com o trabalho da engenharia, tudo é possível, mesmo quando o imóvel encontra-se em condições precárias.


Em sua opinião, qual é a construção mais significativa em termos histórico e arquitetônico da cidade?


Gosto muito da Catedral, uma obra bonita, imponente e sempre moderna. Tenho grande admiração pela sua altura, arquitetura e seus pórticos internos.


Guaxupé já se tornou uma cidade onde a construção de altos edifícios se faz necessária?


Acredito que ainda temos muitos lotes vagos, mas poderão surgir alguns edifícios, sendo que, no código de obras e taxa de ocupação do solo, limita a altura da edificação. Mas já se faz necessário a verticalização de obras.


Como você analisa o centro de Guaxupé com relação às construções de aspecto modernizados que, aos poucos, remodelam a forma original da cidade?

Com certeza. O centro vai ganhando novos edifícios com características modernas, mas existem obras mais antigas tombadas pelo patrimônio histórico.


Há algumas edificações que foram demolidas na cidade que você gostaria que tivessem sido tombadas pelo patrimônio histórico?


Sim, existiram casas em torno da Catedral construídas no estilo colonial, mas foram demolidas. Porém, outras foram restauradas


Se você pudesse construir uma cidade totalmente nova, em um belo lugar onde nunca houve desmatamento e a natureza sempre será respeitada, como a mesma seria planejada por você?


Eu gosto de preservar a natureza. Se nós não a agredirmos, ela será generosa conosco, mas se a agredirmos, ela nos dará o troco. Eu faria uma cidade com bastante verde, bem arejada e bem planejada no que se refere, principalmente, a preservação da água.


Família: como você define a sua que é tão respeitada por todos na cidade?


Família é tudo de bom. Quando unida, é o suporte para podermos enfrentar os problemas de nossas vidas. Eu tive a bondade de Deus de ter nascido em uma família bem estruturada, caridosa, honesta e todos trabalhadores. Tenho a minha esposa e companheira Wilma que me deu um casal de filhos que, graças a Deus, estão bem encaminhados na vida. Fernanda é psicóloga e o Jorge Macedo Netto é veterinário. Além de dois filhos maravilhosos, tenho meus irmãos, Paulinho e Mylene, com quem convivo muito bem. Costumo dizer que, nesta reencarnação, a vida tem sido muito boa comigo e me proporciona muitos aprendizados. Nasci em um seio familiar espírita e acredito que seja um fator que me ajuda muito a me lapidar cada vez mais. Eu só tenho a agradecer a Deus por tudo, e não somente pela família, mas pelo trabalho e pelos amigos. Acho que recebi da vida mais do que mereço.


Você é um marido apaixonado que reconhece e exalta os valores de sua companheira Wilma. Fale sobre esse amor que, com o tempo, só se fortalece.


Sim, gostaria de abrir parênteses para falar sobre a Wilma, uma companheira maravilhosa que me apóia em tudo. Além do que, é uma mulher lindíssima. O tempo não lhe roubou a beleza. Wilma sempre toma atitudes no sentido de colaborar comigo. Quando começamos a reformar nossa casa, fomos morar com minha mãe temporariamente. Porém, acabamos permanecendo em sua companhia até que ela partisse. Percebi que, Wilma, nossos filhos e eu não deveríamos deixá-la sozinha. E Wilma, mesmo sonhando com a nossa casa, reconheceu que, de fato, seria melhor que continuássemos junto de minha mãe cuja idade já avançava. E assim foi, por durante 12 anos, sem ela nada reclamar. Neste tempo, ajudou a cuidar da sogra com carinho e demonstrava ter por ela verdadeiro amor de filha. E um detalhe muito significativo é que, sempre que viajávamos, levávamos minha mãe junto, o que Wilma considerava uma atitude muito correta. Sim, eu me casei com uma pessoa muito boa e amorosa. Hoje, após 15 anos, estamos retornando para nossa casa. Estamos felizes porque a reforma ficou muito boa e ajeitamos tudo juntos. O toque feminino de Wilma em cada canto da casa faz toda a diferença. Vamos morar em um bom bairro, um local onde muitos dos nossos amigos moram.

Cite uma saudade que não se cala um dia sequer em seu coração.


Eu sinto falta do meu relacionamento com o meu pai, que sempre me deu sábios conselhos e sempre me mostrou o lado certo a seguir. Mesmo desencarnado, a presença dele é muito forte em minha vida, bem como na vida de meus irmãos. A saudade que sentimos de nossa mãe também é muito grande. Vou citar uma das maiores características de Terezinha dos Reis Macedo que resume tudo o que ela foi: “uma pessoa muito boa e muito caridosa”.

Recentemente, em setembro de 2019, no Dia da Árvore, sua mãe foi homenageada pelo ‘Grupo Guaxupé Destaca’ e, com o apoio da Prefeitura Municipal, uma praça recebeu o nome dela durante um plantio coletivo organizado por essa comunidade virtual. Conhecendo a Tereza tão bem como você, de que modo ela reagiria ao saber ter recebido essa demonstração de carinho por parte da família, dos amigos e de toda a cidade?


Ela se sentiria muito lisonjeada com a homenagem. Mas nós da família, somos muito gratos a Prefeitura, a Câmara Municipal, ao Grupo Guaxupé Destaca e ao Plantando Vida pela indicação da nossa progenitora como nome desta praça.


Ser guaxupeano é...


É ter fé nessa cidade maravilhosa, aqui vivemos bem, aqui somos felizes.


Não como jornalista e sua entrevistadora, mas como amiga que sou de Jorginho desde a infância, aproveito a oportunidade para registrar minha eterna gratidão à sua leal amizade e considerações. Obrigada sempre, meu bom camarada, sobretudo pelo apoio com relação ao nosso projeto ‘Plantando Vida’. Esse é um sonho que sonhamos juntos e um sonho pelo qual lutamos juntos.”

(Rosângela Felippe)

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