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Dr. Marcos Felipe Silva de Sá: 50 anos de dedicação à USP



Nascido em 1947, em Guaxupé, Marcos Felipe Silva de Sá, é um dos mais renomados e importantes médicos brasileiros, sobretudo, por sua vasta contribuição a uma das maiores instituições de Medicina do país, a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo.

Durante todo período em que exerceu a profissão de médico, Dr. Marcos buscou jamais desamparou os guaxupeanos e, em várias ocasiões, cuidou e encaminhou muitos para tratamentos devidos, abrindo muitas portas para que fossem curados.


Sua trajetória profissional é motivo de muito orgulho, pois, seu vasto conhecimento de medicina fez com que projetasse amplamente seu nome no Brasil e no exterior. Além de um notável médico, Dr. Marcos também se destaca como um grande ser humano, um grande pai de família e foi filho exemplar dos saudosos professor Sebastião de Sá e de Dona Isabel Silva de Sá.


Guaxupé reconhece seus méritos profissionais, seu caráter impecável e sua alma generosa com muita justiça. São muitos que declaram gratidão a ele e elogiam seu espírito humanitário.

Recentemente, o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) o homenageou por sua merecida aposentadoria após quase cinco décadas de dedicação à Universidade. Na cerimônia que resgatou a história deste ilustre guaxupeano, o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior, ressaltou o perfil de gestor do homenageado. “Se hoje sou reitor, muito se deve ao professor Felipe, que me convidou para participar de uma comissão assim que ingressei como docente da faculdade, colocando-me no caminho da vida administrativa. Pude acompanhar de perto sua trajetória profissional e nunca vi uma pessoa com tanta capacidade de trabalho, com tão grande volume de ideias e habilidade para apresentar soluções. Você marcou seu nome na história da Faculdade de Medicina e do Hospital das Clínicas, e é inspirado em pessoas como você que vamos conduzir a gestão da Universidade”, afirmou Carlotti.


TRAJETÓRIA

A paixão pela Medicina o fez arriscar muito para conquistar - e de forma espectacular - seu objetivo e, dentro de suas limitações, colaborar com a melhoria de vida das pessoas. Com uma visão humanitária aguçada, Marcos Felipe Silva de Sá escreve uma história brilhante dentro da Medicina brasileira, reconhecida pelos mais egrégios conselhos nacionais e mundiais.


Em Guaxupé, em 2014, foi homenageado pela Fundação Educacional Guaxupé, por ocasião dos seus 50 anos de atuação. “Confesso que tive uma das mais agradáveis surpresas de toda a minha vida ao receber o convite do Reitor do UNIFEG à época, Dr. Reginaldo Arthus, para receber o título de Doutor Honoris Causa deste Centro Universitário. Esta honraria é a distinção máxima que uma Universidade pode conceder e, tem por objetivo, distinguir personalidades eminentes pelos serviço prestados à comunidade ou na defesa de uma causa importante. Enfim, estes títulos são concedidos àquelas pessoas que tenham se destacado especialmente por trabalho humanitário ou científico”, agradeceu Marcos.


Ele é casado com também médica Marina Japur de Sá, com quem tem três filhos: Ana Carolina, Guilherme Felipe e Leonardo Felipe, (todos casados) e quatro netos (Matheus, Felipe, Lucas e Marcelo). Atuou como Superintendente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Seu trabalho foi vital e o reconhecimento pode ser visto em várias alas do hospital eternizado em placas de homenagens a ele.


A jornada do médico começou em fevereiro de 1962, com 15 anos incompletos, quando partiu, em um vagão da antiga Companhia de Estrada de Ferro Mogiana, para Ribeirão Preto em busca da concretização de um sonho: cursar Medicina na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de SP. Mas, para isso, o jovem guaxupeano precisaria passar por um árduo concurso vestibular e, por esta razão decidiu com o apoio dos pais, cursar o colegial no Instituto de Educação Otoniel Mota, tradicional e muito conceituada Instituição de ensino daquela cidade. “De laços familiares muito fortes, a saída de casa ainda em idade muito tenra, seria uma guinada muito intensa em minha vida, até então desenvolvida nesta pacata e querida cidade de Guaxupé. Havia recebido de meus pais ensinamentos sobre os valores da ética, de respeito ao próximo, do bem servir, da disciplina, da obediência e sobretudo da humildade. Jamais esquecerei aquele marcante dia de minha vida e, sobretudo das sábias palavras de meu pai ao se despedir de mim na plataforma da estação: seja humilde sem ser humilhado”.


Na cidade de Ribeirão Preto Marcos Felipe concluiu o ensino médio e se formou em Medicina em 1970. Evidentemente, novos desafios se apresentaram pela frente, a começar pela especialização através da Residência Médica. O gosto pelos estudos o impulsionou para o curso de pós-graduação - onde concluiu o Mestrado e Doutorado - período durante o qual amadureceu a ideia de se tornar professor universitário. Mesmo antes de terminar a pós-graduação foi convidado a ingressar como docente, auxiliar de ensino, no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FMRP-USP.


Ele conta que a cidade de Ribeirão Preto o recebeu de braços abertos. “Lá me casei com Marina, minha dedicada companheira, com quem tive meus três filhos. E a família continua crescendo, agora já com quatro netos . Aquela cidade me proporcionou todas as oportunidades de uma vida social acolhedora e me entrelacei perfeitamente com a comunidade local. A Câmara Municipal me outorgou o título de cidadão Ribeirão-Pretano e concedeu-me duas outras homenagens por relevantes serviços prestados à cidade. A primeira por ocasião dos 125 anos da Câmara e outra pelos 150 anos da criação do Município - honrarias das quais muito me orgulho”, enfatiza.


Na Universidade de São Paulo, o médico teve um campo fértil para o desempenho acadêmico e as oportunidades apareceram. Primeiramente, o pós doutorado nos Estados Unidos e na Espanha, a progressão na carreira até galgar a condição de professor Titular em Ginecologia e Obstetrícia da FMRP-USP, depois chefe de Departamento, Diretor Superintendente do Hospital das Clínicas, Diretor da Faculdade de Medicina de RP – USP e Diretor Administrativo do Gabinete da Reitoria da Universidade de São Paulo.


“Presidi três Fundações ligadas ao complexo acadêmico: Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do HCFMRP - FAEPA; a Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto – FUNDHERP e a Fundação de Pesquisas Médicas – FUPEME Portanto, aproveitei as oportunidades que a vida acadêmica e profissional me proporcionou para colocar em prática as experiências adquiridas e inseri-las no meio acadêmico, nas atividades de ensino, pesquisas e nas atividades de extensão universitária, através da prestação de serviços médicos para a comunidade. Tive a oportunidade de formar centenas de médicos especialistas e dezenas de professores de ginecologia e obstetrícia que hoje estão espalhados por todo o Brasil”, reitera.


Conforme o “Dr. Felipe”, como é chamado na FMRP, a vida universitária exige muita dedicação e, “se nela estivermos integralmente inseridos, temos que conviver diuturnamente com a palavra renúncia: do lazer, do descanso, do convívio com a família e da boa remuneração”.

Ele conta que sua geração de professores universitários foi forjada na chamada “idade de ouro” da ciência no Brasil, no início da década de 70. A massa dos docentes não tinha as qualificações exigidas nos dias de hoje e poucos dos que possuíam treinamento avançado vinham de estágios e cursos no exterior. Ainda não havia ensino de pós-graduação no país. Este quadro começaria a alterar-se com a Reforma Universitária, ocorrida em 1968, o que mudou o perfil da universidade nos primeiros anos da década seguinte.


Marcos comenta que Ciência e Tecnologia não eram vistos no Brasil como fatores importantes do desenvolvimento econômico. “Tal despertar ocorreu no momento em que o chamado ’milagre brasileiro’ estava em curso com a carência de recursos humanos qualificados para a pesquisa científica e tecnológica, o que tornaria necessário um grande esforço para produzi-los no país. Este foi um dos principais fatores da criação e expansão dos programas de pós-graduação, dentro e fora da universidade”. Por outro lado, a necessidade de qualificar professores para a expansão e melhoria do ensino de graduação e a crescente demanda por vagas também foram fatores determinantes para o desenvolvimento do sistema universitário nas décadas de 60 e 70.

o professor


Ele finaliza falando da sua paixão: ensinar. “Ser educador é mais que ser professor. É aquele que prepara seu discípulo para a vida, pois se responsabiliza em desenvolver neste diferentes habilidades e competências. Ao entrar em sala de aula o educador não leva apenas o conteúdo a ser ensinado, leva sua vida, seu jeito de ser, fazer, ler e compreender o mundo”, concluiu

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