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Você conhece o implante anticoncepcional?

O ESPECIALISTA EM GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA, DR. DANIEL HELUANY, FALA DA NOVA GERAÇÃO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS QUE SÃO IMPLATANDOS SOB A PELE


Você já ouviu falar em implante anticoncepcional? Trata-se de um método contraceptivo muito eficiente e relativamente novo, também conhecido como Implanon.


Segundo pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, mais de 50% das gestações não planejadas resultam da falha no uso do anticoncepcional contínuo. O problema é tão grave que desestrutura a vida de mulheres, ocasionando todo ano em mais de 500 mil abortos clandestinos, de acordo com a Pesquisa Nacional do Aborto. Todo esse cenário coloca o Brasil muito acima da média internacional de gestação não planejada, que gira em torno dos 40%.


O médico Daniel Heluany, especialista em Ginecologia e Obstetrícia, disse à reportagem que a gama de métodos contraceptivos disponível no mercado atende cada mulher em uma necessidade. Nesse sentido, o Implanon, é o um dos métodos anticoncepcionais mais indicados e pode ser usado por mulheres e pode ser usado em todas as idades.


Conforme o especialista, o Implanon é um LARC, ou seja, um método contraceptivo reversível de longa duração. Ele se apresenta em forma de haste de 40 mm por 2 mm que constitui um anticoncepcional de progestagênio. Tal haste é formada por vinil acetato de etileno que apresenta 68 mg de etonogestrel (derivado do desogestrel).


“A liberação do hormônio progesterona (etonogestrel) ocorre lentamente em doses acima das consideradas necessárias para inibir a ovulação durante os três anos de utilização do implante. Além disso, ele diminui a chance de fertilização do ovócito, pois engrossa o muco cervical, dificultando a motilidade do esperma no útero”, explica.


O implante contraceptivo deve ser inserido sob a pele na face medial, ou seja, na face interna do braço. É um procedimento rápido que pode ser realizado no consultório médico e é necessário realização de anestesia local. O implante é inserido pelo ginecologista na região interna do braço e, dentro dos três anos de utilização, a mulher não precisa se preocupar com esquecer de tomar sua dose de hormônios diariamente para se evitar a gravidez. “Um implante como esse equivale a 1095 pílulas contraceptivas que seriam tomadas nesse prazo de 3 anos”, analisa o médico.


Heluany classifica como alta a eficácia do novo medicamento. “Apresenta a menor taxa de falha se comparado a qualquer outro método contraceptivo existente no mercado atualmente, sejam eles reversíveis ou irreversíveis”.


O Implanon pode ser usado por mulheres de qualquer idade, da adolescência - recomendado pela OMS - ao climatério. Pode ser inserido em puérperas logo após o parto. É indicado para mulheres no pós parto que estão em fase de amamentação uma vez que não prejudica a produção do leite. Também é indicado para mulheres que sofrem com os sintomas da Tensão Pré-Menstrual e que apresentam contraindicações a anticoncepcionais a base de estrógeno.


O medicamento é contraindicado em casos de gravidez ou suspeita de gravidez, mulheres com câncer de mama, distúrbio tromboembólico venoso ativo, doença hepática grave, presença ou história de tumor hepático benigno ou maligno, sangramento vaginal não diagnosticado. Caso alguma dessas situações aconteça pela primeira vez durante o uso do implante, o ginecologista deve ser alertado.


VANTAGENS DO IMPLANTE CONTRACEPTIVO




O medicamento não interrompe a relação sexual, é reversível e tem rápido retorno da fertilidade após sua retirado.Possui longa duração - 3 anos e com eficácia alta, não precisa lembrar de tomar, por isso é bastante recomendado, inclusive para jovens.


O especialista alerta que o implante não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis. “Métodos contraceptivos a base de hormônio não protegem contra AIDS, sífilis, HPV, entre outras. Assim, também é muito importante utilizar preservativos em todas as relações sexuais, a fim de proteger contra as ISTs”.


Uma vez instalado o implante anticoncepcional entra a fase de adaptação. Esse tempo pode durar de 3 a 6 meses. Lembre-se de que ele afetará o funcionamento do seu organismo, por isso é preciso ter um pouco de paciência até que se passe a fase de adaptação.


Durante o uso, é possível que haja alterações nos padrões de sangramento, o que é um dos efeitos colaterais mais comuns. Podem ser denominados defrequentes (mais de cinco sangramentos em 90 dias), irregulares ou prolongados (duram mais de 14 dias).


Um dos principais motivos para a descontinuação desse método é a insatisfação com o sangramento. “O período de sangramento diminui após o primeiro ano de uso, mas costuma ser maior no início, principalmente nos primeiros três meses. Cerca de 20% das usuárias evoluem com amenorreia, ou seja, a ausência de menstruação”.


Segundo Heluany, raramente outros eventos adversos podem estar presentes, como por exemplo, tontura, cefaleia, ganho de peso, alterações de humor (nervosismo e depressão), acne, dores nas mamas e, com menor frequência, hirsutismo e queda de cabelo.


O melhor período para ser colocado é dentro de 7 dias após o início do ciclo menstrual. Se for colocado fora desse prazo, será necessário usar outro método não hormonal (de barreira) nos próximos 7 dias. Uma vez inserido, a mulher pode ter uma vida normal, sem se preocupar com esquecer de tomar a dose diária de hormônio para evitar a gravidez. O implante pode ser retirado a qualquer momento por um ginecologista.



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