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Santa Casa de Poços presta homenagem à Dona Rosa, vítima da Covid-19



Na manhã desta quarta-feira, 08, em uma cerimônia emocionante no jardim da frente do Hospital, a Santa Casa de Poços prestou suas últimas homenagens à funcionária Rosa Maria de Souza, de 66 anos, que faleceu na noite de ontem, 07, vítima de covid-19, após ficar um mês internada no Hospital da Unimed. 

A homenagem contou com a presença de familiares de Dona Rosa, além de dezenas de funcionários do Hospital, que seguravam uma rosa em homenagem à colega que nos deixou. Companheiros de trabalho do setor da Lavanderia deram suas palavras de despedida, assim como membros da Diretoria do Hospital, que lembraram de toda a entrega de dona Rosa nesses 45 anos trabalhando na Santa Casa de Poços. 



“Hoje nós estamos vivendo um momento muito triste, de uma pessoa que dedicou a vida à Santa Casa. Uma pessoa amiga de todos que trabalharam com ela. Vivi junto com ela nos últimos 17 anos na luta da costura e da Lavanderia da Santa Casa. Hoje o que nos resta é pedir a Deus que ela tenha o descanso eterno. Ela foi uma pessoa muito boa que merece ser muito feliz onde quer que ela esteja. Foi uma pessoa muito dedicada e a Santa Casa deve muito a ela por todos esses anos que ela esteve aqui dentro.  E todos nós devemos muito pelo carinho que sempre recebemos da Rosa”, disse a provedora da Santa Casa, Célia Maria de Souza. 

Colega do setor de Lavanderia, Elza Divina da Silva Araújo trabalhou 10 anos com dona Rosa e não mediu palavras para expressar o quanto ela era querida por todos. “Ela se dedicava mesmo, a Santa Casa era praticamente a casa dela. Era muito amiga, companheira, gostava de ficar sempre junto com a gente, era uma mãe para nós. É uma perda irreparável, é uma dor enorme que a gente está sentindo”, revela Elza.    

Após as palavras de carinho para com dona Rosa, o enfermeiro Matusalém de Carvalho, acompanhado de seu violão, cantou Canção da América, linda obra de Milton Nascimento que emocionou à todos. Logo depois, o médico infectologista do Hospital, Dr. Mário Krugner, cantou, à  capela, Encontros e Despedidas, composição de Milton Nascimento  e Fernando Brant, eternizado na voz da cantora Maria Rita.

Com todos muito emocionados, a Diretora Assistencial da Irmandade, Josiane Celis, pediu um minuto de silêncio em memória a Dona Rosa. Momento de muita dor e emoção. Ao final da homenagem, as rosas distribuídas aos funcionários se tornaram um belo buquê de flores, que foi entregue pela diretora assistencial à família. 


Dona Rosa por dona Rosa



No dia 28 de fevereiro deste ano, dona Rosa completou  45 anos de serviços prestados à Santa Casa e foi homenageada pela Direção por tantos anos de dedicação ao Hospital. Na ocasião, ela contou à Assessoria de Comunicação da Irmandade que sempre trabalhou  na Lavanderia e, com o passar dos anos, se tornou encarregada. 

“Estou aqui desde os meus 18 anos, sempre batalhando, contra todas as dificuldades. Na Santa Casa as coisas acontecem com dificuldade mesmo, mas estamos sempre na luta, eu dou meu sangue, faço o que posso fazer. Eu gosto muito de trabalhar aqui e acho que a gente tem que se dedicar no que a gente gosta, vestir a camisa mesmo. Enquanto eu puder eu vou trabalhar, sempre torcendo para que a Santa Casa melhore cada vez mais”, contou Dona Rosa na época.

“Eu entrei aqui no Hospital no dia 28 de  fevereiro de 1975. Sempre trabalhei na Lavanderia, na época eram as irmãs que trabalhavam. Eu ajudava muito as irmãs, quando elas  foram embora não colocaram ninguém no lugar e, como eu sabia tudo, eu fui ficando. Eu era costureira e quando o Carlão entrou aqui falaram pra ele que eu é que fazia tudo e ele me tornou encarregada”, relatou dona Rosa, que mesmo na posição de chefe nunca deixou de pegar no serviço pesado. 

“Eu sempre trabalhei, não fico só tomando conta do setor: na costura, eu corto todas as roupas, conserto, ajudo as meninas quando elas precisam, quando alguém fica doente...  De papel, documentos eu nem entendo muito. Quando entra um administrador novo no Hospital eu vou logo falando que meu trabalho é braçal. Não mexo nem em computador, nem em celular, meu telefone é só para atender e ligar e olhe lá”, contou às risadas dona Rosa em sua última entrevista antes de nos deixar.

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