O Comitê Macrorregião Sul Covid-19 realizou na sexta-feira (14/1), a primeira reunião do ano de 2022 e a 69ª desde o início da pandemia do novo coronavírus. Na pauta do encontro, os cenários epidemiológico, assistencial e de imunização contra a doença, a vigilância do vírus da influenza H3N2, o monitoramento do Minas Consciente, entre outros assuntos.
Dentre os participantes da reunião, feita por videoconferência, estavam o juiz federal e diretor da subseção de Passos do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Bruno Augusto Santos Oliveira, e o promotor de justiça estadual Eder da Silva Capute.
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A coordenadora do comitê e superintendente da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos, Kátia Rita Gonçalves, abriu a reunião agradecendo à Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, diretores de hospitais de Capitólio, Passos, Piumhi e São José da Barra pelo trabalho no resgate dos corpos, salvamento e atendimento às vítimas do desmoronamento do bloco de rochas dos cânions de Capitólio em 8 de janeiro.
“Essas pessoas foram fundamentais para que pudéssemos ter informações bem claras e verdadeiras circulando na mídia”, disse Kátia Gonçalves, que integrou o gabinete especial criado pelo Governo de Minas Gerais para auxiliar nos trabalhos.
A secretária de Saúde de Pouso Alegre, Sílvia Regina Pereira da Silva, e representante do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), falou também da solidariedade com as vítimas do acidente de Capitólio e destacou os vários assuntos da pauta da reunião do comitê, especialmente o crescimento do número de casos de covid-19 com o surgimento da variante ômicron.
O juiz federal Bruno Oliveira observou que sua participação nas reuniões do comitê tem sido discreta, mas que repassa as informações obtidas ao TRF-1, para análise do cenário da pandemia. O magistrado apresentou dados nacionais e internacionais que o Tribunal Regional avalia sobre a nova variante e, depois, elogiou o trabalho do comitê. “Nesse começo de 2022, eu preciso prestar homenagem da Justiça Federal a vocês, profissionais de saúde. É muito impressionante a resiliência de todos (...). Parabéns pelo trabalho! ”, disse.
Para o promotor Eder Capute, é preocupante a possível insuficiência de testes de covid-19 para a população, especialmente para quem precisa se afastar do trabalho por suspeita da doença. “Nós não vamos conseguir testes em número suficiente para a demanda que temos neste momento”, disse, defendendo como solução que o próprio paciente possa se autodeclarar possivelmente infectado, para se afastar do trabalho.
Kátia Gonçalves disse que irá pedir a colaboração dos superintendentes regionais e dos coordenadores de epidemiologia para que essa questão seja devidamente discutida, alinhada e encaminhada para uma definição.
A SRS-Varginha apresentou o cenário epidemiológico da macrorregião Sul, por meio da coordenadora de Vigilância em Saúde, Aline Ribeiro Soares. Um dos destaques foi a elevação da curva epidêmica de casos confirmados de covid-19 a partir da semana epidemiológica 1 – período de 2 a 8 de janeiro, embora a curva de mortalidade do mesmo período não tenha apresentado óbitos, segundo a apresentação.
Outro assunto foi a vigilância dos vírus da influenza H3N2 e covid-19, com ações e encaminhamentos orientados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), apresentado por Patrícia Coutinho Silva, da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da SRS-Pouso Alegre.
Patrícia Silva fez um breve histórico sobre a nova variante do vírus da influenza e abordou o protocolo e fluxo de atendimento para síndrome gripal. “Contudo, considerando a evidência de casos de influenza nas macrorregiões de Saúde do estado, pode-se inferir que existe transmissão sustentada de influenza na maioria das cidades mineiras”, disse.
Também foram assuntos da 69ª reunião do Comitê Macro Sul o relatório de monitoramento do Minas Consciente, com acompanhamento regionalizado, os estoques do “kit de intubação”, a atualização do Plano de Contingência Operativo Covid-19, com a aprovação do Plano de Contingência da Grade Hospitalar pela Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (CIB-SUS/MG), a desmobilização de leitos covid-19 a partir de outubro de 2021, além de informes gerais.
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