
Ariani Barboza Ferreira*
A Neuropsicopedagogia é uma ciência interdisciplinar. Isso quer dizer que se utiliza de conhecimentos de mais de uma área que, nesse caso, envolve um pouco de Neurociências, Psicologia e Pedagogia. A partir disso, o neuropsicopedagogo estuda a relação entre o sistema nervoso e a aprendizagem humana.
O profissional de Neuropsicopedagogia tem como função estudar o funcionamento do cérebro, de forma a entender como ele aprende, seleciona, transforma, memoriza, elabora e processa as sensações captadas pelos elementos sensoriais ao seu redor. Atua em várias frentes, como na escola, em clínica e até mesmo em hospitais.
O mau desempenho escolar de um aluno esconde várias razões. O problema é complexo e é considerado um dos maiores desafios para a qualificação do sistema educacional brasileiro. O neuropsicopedagogo coloca em prática seus conhecimentos com o intuito de descobrir transtornos que contribuem para a dificuldade na aprendizagem.
Na clínica, uma das intervenções realizadas pelo neuropsicopedagogo é em crianças autistas. Nesse caso, sua função é ajudá-las a se desenvolver melhor cognitivamente. Práticas para melhorar a habilidade de raciocinar, de resolver problemas, trabalhar a coordenação motora e de se expressar são alguns exemplos de atividades do dia a dia do trabalho.
Em instituições hospitalares, o neuropsicopedagogo planeja intervenções e programas terapêuticos para a reabilitação cognitiva. Os casos típicos que mais precisam da ajuda desse profissional são de pessoas com Alzheimer ou que sofreram Acidente Vascular Cerebral.
Esse processo é sempre individual, pois depende das necessidades de cada paciente e da área cerebral afetada. De qualquer forma, o objetivo é oferecer à pessoa uma vida com mais autonomia e bem-estar.
O profissional que atua na área da Neuropsicopedagogia Clínica, tem como objetivo, intervir, planejar, criar estratégias focada na individualidade de cada paciente, fazendo com que aprendam de forma criativa e envolvente. O objetivo principal é desenvolver diversas habilidades sociais, cognitivas e de aprendizagem.
Nas próximas edições falaremos mais da atuação da neuropsicopedagogia em Transtornos de déficit de atenção/hiperatividade (TDA, TDAH), dificuldades específicas de aprendizagem, transtornos de desenvolvimento que causa problemas na linguagem, dificuldades de comunicação, interação social e comportamento e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
* A autora é Graduada em Pedagogia pelo UNIFEG-Guaxupé, pós-graduada em Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional pela Faculdade Metropolitana do Estado de São Paulo - FAMEESP-FGV. Possui Extensão em Neuropsicologia, Consciência Fonológica, Neurociência e Alfabetização. É especialista em aplicação do teste DENVER. É membro titular da Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia.
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