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Tomar ou não colágeno? Dermatologista tira suas dúvidas

Por Dra. Natássia Pizani



Talvez uma das perguntas mais frequentes no consultório, muito se tem questionado se o colágeno via oral funciona ou não. Em Medicina não podemos achar ou supor nada sem estudos científicos comprovando a eficácia ou não de determinadas substancias. Para isso, vamos nos basear num recente estudo científico em forma de revisão sistemática. Para quem não sabe, revisão sistemática, é apanhado de vários estudos (com grande numero de pacientes envolvidos). Foram mais de 13 estudos, com mais de 800 participantes que consumiram diferentes tipos de colágenos e em diferentes quantidades.

A conclusão do estudo foi que o consumo de colágeno trouxe, em boa parte dos pacientes, benefícios em termos de elasticidade e melhora de hidratação da pele. Funciona como uma suplementação.


Porem é importante lembrar: o colágeno é uma cadeia proteica formada por pequenas partículas, os aminoácidos. O colágeno hidrolisado é composto dessas pequenas partículas. Fazer a suplementação, ter uma boa ingestão para formar as fibras de colágeno da pele é interessante, Porem o processo de envelhecimento não ocorre simplesmente por baixa ingestão de proteínas, ou seja, por baixo consumo de colágeno.


Isso quer dizer duas coisas:


Primeiro: uma pessoa com flacidez da pele não resolverá seu problema simplesmente consumindo colágeno. Durante o processo de envelhecimento, ano após ano, a pele vai tendo uma produção cada vez menor de colágeno. Isso acontece porque as células que produzem essas fibras colágenas, os fibroblastos, vão tendo sua atividade reduzida. É como se tivéssemos uma “fábrica” e, ano após ano, fossemos demitindo alguns “funcionários”. Assim, a produção de colágeno vai diminuindo devido a “demissão”, isto é, redução do número de fibroblastos e de sua atividade de síntese proteica.


Segundo: o que fazer para aumentar essa produção? Ingestão de colágeno via oral é uma opção para pacientes mais jovens (ao redor dos 30 anos), quando poucos “funcionários” foram “demitidos”, ou seja, os fibroblastos ainda têm uma boa atividade.


Nos pacientes de faixa etária mais avançada o ideal é associar procedimentos que estimulem a atividade desses fibroblastos. Não adianta fornecer mais “matéria-prima” a esta “fábrica” se o número de “funcionários” está reduzido. É necessário, antes de tudo, “contratar mais funcionários’, isto é, estimular os fibroblastos.


Isso pode ser feito de diversas formas: ultrassom microfocado, radiofrequência microagulhada, bioestimuladores (Sculptra, Radiesse) e laser fracionado.


Resumindo: o consumo de colágeno ajuda, porém, para resultados visíveis, deve-se associar procedimentos para aumentar a atividade de fibroblastos.


*A autora é Médica Dermatologista formada pela Universidade Federal Fluminense, Especialista em Dermatologia pela Universidade Federal Fluminense, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Conveniada UNIMED


Contato: Rua Coronel Joaquim Costa, 215

Telefone: (35) 3551-0414

Guaxupé - MG* A autora é médica deram

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