O governador do Estado, Romeu Zema, participou de uma entrevista promovida pelo banco BTG Pactual e transmitida pelo YouTube na tarde desta terça-feira, dia 7. Ele afirmou aos repórteres que o Estado tem hoje mais de 150 municípios que liberaram o comércio, mas que o Governo está preparando uma série de critérios para orientar as demais prefeituras que queiram agir da mesma forma.
O governador disse que dados mostram que o ritmo da pandemia em Minas Gerais tem crescido de forma mais branda do que o registrado há uma ou duas semanas.
"Temos uma demografia que nos oferece uma situação mais confortável do que os outros Estados. Em Minas, 80% da população estão pulverizadas no interior e apenas 20% estão nas metrópoles. Grande parte das cidades mineiras possui de 5 mil a 10 mil habitantes e, em muitas, sequer têm transporte público. Tudo isso contribui para uma menor propagação da doença", considerou.
Ele enfatiza que o governo está avaliando uma forma que permita a flexibilização das medidas decretadas, começando por cidades sem casos ou com propagação lenta, o que não justificaria tais medidas restritivas. "Mais de 150 prefeitos na data de hoje já liberaram o comércio por iniciativa própria, porque eles entenderam que uma cidade sem caso ou com uma propagação muito lenta não justificaria essas medidas". Ainda conforme o Governador, a criação desses critérios será de acordo com o porte da cidade, números de casos e disponibilidade de leitos em cada uma. Isso porque, segundo Zema, muitos não flexibilizaram as restrições por receio e outros fizeram indevidamente, “Mas essa decisão vai ficar a cargo dele - prefeito - que está lá, vivenciando a realidade. O nosso governo vai dar as diretrizes".
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Plano de R$ 1,1 bilhão para empresas ganharem maior liquidez diante da pandemia
Diante do contexto socioeconômico desafiador gerado pela Covid-19, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) estruturou um plano de ação que vai oferecer crédito e tornar as condições ainda mais acessíveis para as empresas, especialmente as micro e pequenas (MPEs). A meta é disponibilizar crédito de até R$ 1,1 bilhão para empresas, tendo em vista a crise provocada pelo coronavírus.
O plano foi lançado hoje pelo governador Romeu Zema e pelo presidente do Banco, Sergio Gusmão Suchodolski. Ele agrega às duas ações preventivas implantadas nos últimos dias para os setores da Saúde e do Turismo, quatro novas ações com foco reparatório: 1) possibilidade de renegociação de dívidas de empresas com o banco; 2) redução das taxas de juros, com prazo de carência dobrado, para as MPE de todos os setores econômicos e em todos os municípios mineiros (programa BDMG Solidário); 3) agilização de processos (dispensa de documentos) para MPE do setor da Saúde; 4) ampliação em R$ 100 milhões do limite de crédito disponível via Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), do BNDES. Além disso, o BDMG estima que, em 2020, o total de desembolsos para as MPE seja de aproximadamente R$ 1,1 bilhão.
De acordo com o governador, são medidas que ajudarão a minimizar os impactos causados pela desaceleração da economia brasileira. “O que nós queremos, via BDMG, é disponibilizar linhas de crédito competitivas e desburocratizar processos. Caso sejam necessárias, outras medidas serão anunciadas para ajudar essas empresas que empregam a maior parte da mão de obra do país”, explicou.
As novas ações serão disponibilizadas a partir de hoje (8/4). “Estamos tornando ainda mais acessível e ágil a disponibilização de recursos neste momento de desafios. O BDMG, como banco de desenvolvimento, tem atuado na frente anticíclica deste cenário com um conjunto de ações efetivas para minimizar os impactos econômicos e sociais desta pandemia”, afirma Sergio Gusmão, presidente do banco.
A fim de reduzir a burocracia e dar maior celeridade ao processo, a grande maioria das solicitações de crédito e pedidos de renegociação poderá ser feita on-line, pela plataforma digital do banco (www.bdmg.mg.gov.br). “O BDMG foi o primeiro banco de desenvolvimento brasileiro a implantar um sistema digital para requisição de crédito. Hoje, no cenário deflagrado pela pandemia, termos esta tecnologia a serviço dos nossos clientes será especialmente importante para dar maior celeridade às análises”, complementou Sergio Gusmão.
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