Na manhã desta segunda-feira, 6/7, aconteceu na Associação da Microrregião da Baixa Mogiana - AMOG, uma reunião que contou com a participação dos prefeitos das cidades que utilizam a Santa Casa de Guaxupé. O objetivo, segundo consta, é que os prefeitos busquem tomar as mesmas decisões quanto aos decretos e ações perante os municípios, para que não haja desigualdade aos cidadãos e consequentemente um combate mais eficaz à Covid-19, evitando assim um colapso nos leitos de UTI e leitos clínicos da Santa Casa.
Conforme decidido nesta assembleia de prefeitos, será criado um protocolo comum para a região AMOG, que será elaborado pelo comitê regional de enfrentamento ao COVIDI 19, formado pelo secretário municipal de saúde de cada município integrante da Associação.
Após a Santa Casa de Guaxupé acender a luz vermelha com a ocupação de 100% de seus leitos de UTI COVID, na quinta-feira passada (02), os prefeitos se reuniram nesta segunda-feira para discutir o que ser feito em conjunto pelos municípios para que não haja sobrecarga no atendimento hospitalar guaxupeano.
Embora nesta data os leitos UTI COVID estejam sendo ocupado com apenas 2 pacientes, a preocupação é constante dos prefeitos, que temem um colapso no atendimento da Santa Casa.
“Sei que é pesado tomarmos decisões para nossa população, principalmente quando se trata de retroagirmos a flexibilização. Vale ressaltar que o comércio não é o culpado da disseminação do vírus em nossa cidade, mas infelizmente, quando precisamos colocar as pessoas para dentro de casa, em distanciamento social, a equipe técnica e os médicos nos orientam para que façamos o fechamento parcial e caso necessário, fechamento total do comércio. Hoje temos apenas 02 pacientes internados na UTI, diferente do que vimos na quinta e sexta-feira, com 100% dos leitos ocupados. Mas tudo muda a todo instante. O quadro muda em minutos. Pode ser que chegamos amanhã com zero ocupação de leitos UTI, mas também podemos chegar novamente com 07 pacientes lá dentro”, lamentou o prefeito Jarbas Corrêa Filho, que estave acompanhado do vice-prefeito, Dr. Heber Quintella.
Já para o prefeito de Guaranésia este é o momento dos municípios se unirem e assim buscar em conjunto uma solução e uma regra para todos, respeitando a peculiaridade de cada cidade: “É difícil tomarmos as decisões. Dói demais ver nossos cidadãos tendo que fechar seu comércio, onde ele sobrevive com R$ 20, com R$50, que entra por dia em suas vendas. Por isso não adianta somente Guaranésia fechar, somente Guaxupé, duas ou três cidades. É preciso união neste momento. Precisamos andar de mãos dadas, para não trazer ainda mais prejuízo ao nosso povo”, falou o prefeito de Guaranésia, Laércio Cintra.
Para o presidente da AMOG, prefeito Paulo Gornat, da cidade de Monte Santo de Minas, é humanamente impossível todos os municípios seguirem uma regra só. Mas é preciso que todos se esforcem em fazer o que for melhor para seu povo: “Monte Santo é diferente de Juruaia, que é diferente de Cabo Verde e assim vai. Cada um de nós, prefeitos, vivemos uma realidade. Por isso, acredito ser importante uma reunião com a equipe técnica de nossas prefeituras. Que os Comitês se reúnam aqui e nos apresentem um norte, para então tomarmos as decisões”, disse.
Uma outra reunião ficou marcada para esta tarde, entre as equipes técnicas de Saúde dos municípios quando será criado o Comitê de Combate ao Coronavírus da AMOG.
Guaxupé, Guaranésia, Juruaia e São Pedro da União já estão seguindo um decreto mais rígido, diminuindo a flexibilização. Pelas redes sociais, o prefeito de Muzambinho, Sergio Esquilo já se manifestou a um possível fechamento do comércio em sua cidade, também como medida de combate à transmissão da Covid-19.
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