
Eu sou a Christyane Gomes Dias Martins, tenho 27 anos e sou pós-graduada em Negócios Internacionais e graduada em Relações Internacionais. Atualmente eu sou Internacionalista e uma apaixonada pelas culturas que conheço e lugares que visito.
Mas o que uma Internacionalista faz? Ela trabalha com algo vasto, diverso e de uma complexidade inestimável: o mundo!
Sou filha do Marcelino José Dias Martins e da Ana Cármen Gomes Martins, um casal de empreendedores que são bem conhecidos na cidade pela garra, trabalho e carisma. Eu também sou irmã mais velha da Sthéfany Martins, futura advogada e orgulho da família. Essa família é a minha base e eu sou uma eterna apaixonada por esses três.
Falar de Guaxupé sempre aquece meu coração. As melhores lembranças são sempre envolvendo as visitas dos familiares que viviam em outras cidades, as férias com os primos e o sagrado almoço de domingo na minha avó, dona Iria Barbosa. Domingo era dia de ir aproveitar aquela comidinha de vó, o colo quentinho e aquele sentimento bom e de aconchego que só a casa dela tinha. Tenho certeza que cada leitor vai concordar comigo: casa de vó tem um quê especial que nenhum lugar no mundo tem.

Como foi sua adolescência, onde estudou, amigos e professores que marcaram sua vida nesta época.
Da infância leve e cheia de brincadeiras, vamos para a adolescência, que também tive sorte de viver em Guaxupé. Eu estudei no Colégio Objetivo boa parte da minha vida. Estar todos esses anos na instituição reforça um ponto muito importante na minha relação pessoal com a Simone Nascimento, diretora do colégio e das outras duas instituições de ensino por onde passei durante a infância. Ela representa uma lista de peso de vários professores que passaram pela minha vida e fazem parte de cada uma das minhas vitórias. Todos sempre terão um espaço especial na minha memória.
Ainda no Colégio Objetivo não posso deixar de citar dois nomes que me emocionam. Em meio à turbulenta preparação para os aguardados anos de faculdade, minha vida se cruzou com a vida da Goreth Franchi, coordenadora pedagógica, e do meu querido e eterno professor e amigo Job Gonçalves. Eu que sempre achei que tinha minha vida toda definida, quando vi que não tinha todas as respostas, fiquei confusa. Foram nas conversas do Job que ganhei coragem e no sorriso doce da Goreth que senti alívio.
A adolescência é uma fase tão intensa! Ainda bem que sorri e chorei, me diverti e aprendi muito ao lado de pessoas incríveis. Algumas relações se tornaram tão especiais que seguem vivas até hoje, independente da distância e das agendas atarefadas que temos. Obrigada por seguirem comigo e sempre seguirei aqui por vocês: Leo, Bia, Ana Vitória, Marcela, Pedro Ribeiro, Anna Raquel, Afonso, Nicolau, Bruna e Aninha.

Foi em 2015 que chegou o momento de deixar o ninho e começar a minha empreitada de fazer o meu nome, trilhar meu caminho. Me mudei para a cidade de Belo Horizonte para começar o curso de Relações Internacionais na PUC Minas, unidade Coração Eucarístico.
Eu encontrei algumas dificuldades por lá e estranhei um pouco. Diferentes expressões culturais e linguísticas, a convivência com pessoas de diferentes partes do Brasil e do mundo, o fato de não conhecer ninguém na cidade e também pelo sotaque de mineirinha do interior que puxa bem o R e que chamou a atenção. Enfrentar essas diferenças, os desafios, o medo da cidade grande, a distância da família, os erros e os acertos me fizeram amadurecer muito.
Me inspirei em grandes mestres com os quais tive o prazer de aprender e conviver para ir trilhando o meu caminho e aproveitei todas às oportunidades que chegavam até mim. Fui representante discente, voluntária, escrevi artigos, ganhei uma medalha de honra da ONU Brasil, fui para o RJ a convite da Marinha do Brasil, aceitei um convite de estágio, coordenei uma equipe, virei noites estudando e também me divertindo.
Ao longo desta trajetória, construí laços e compartilhei momentos que nunca serão esquecidos. Yasmin, Mari, Flor, Victor, Guilherme, Isadora, obrigada por tanto.

O curso de Relações Internacionais é tão rico e plural que você precisa ir se descobrindo para saber exatamente o que faz seus olhos brilharem nessa área para saber onde quer chegar. E aí está uma das partes instigantes e desafiadoras da minha profissão.
Depois de alguns anos em Belo Horizonte foi a vez a desbravar São Paulo, cidade que escolhi para desenvolver minha carreira e onde resido atualmente. A cidade que um dia me causava receio e medo, hoje me acolhe e me propicia viver coisas lindas. Cheguei em São Paulo em 2019 para continuar meus estudos e começar minha carreira de Internacionalista. Trabalhei na Associação Brasileira de Franchising (ABF), onde integrei a equipe de um projeto setorial que promove internacionalmente as franquias brasileiras por meio do suporte e recursos da Apex Brasil, agência federal de promoção de exportações e investimentos. Eu tive contato com grandes empresários do varejo e franchising brasileiros, participei de eventos de renome nacional e tive a minha primeira oportunidade de auxiliar na organização de uma missão empresarial internacional. A ABF foi uma grande escola para mim.

Hoje atuo como Analista Internacional na empresa MedBeauty, uma empresa brasileira de beautytech e wellness que está se internacionalizando e ganhando novos mercados e eu faço parte deste processo de levar todo um modelo de negócios Made in Brazil para o mundo! Como integrante da equipe de Business Development, eu estou em constante contato com diferentes culturais e ambientes de negócios, pessoas dos mais variados perfis e com o que há de mais inovador no mundo da Beleza e Medicina Estética.
O que é mais emocionante neste meu atual momento profissional é que lá atrás na infância e adolescência eu acreditva que o meu fututro seria na medicina. Eu me dediquei muito para isso e, mesmo tendo a oportunidade nas mãos, eu escolhi o caminho das Relações e dos Negócios Internacionais. Anos depois, a medicina encontrou uma forma de voltar para a minha vida. Seria uma obra do destino?
O meu trabalho me permite conhecer alguns países que eu nem imaginava conhecer tão jovem, vivenciar culturas e gastronomias que eu nem fazia ideia que eu me identificaria tanto, aprender idiomas e experimentar o novo. Eu aprendo mais a cada dia, os olhos estão sempre brilhando e o coração acelerado. No meu dia a dia eu me comunico mais em outras línguas que em português, vivo seguindo uma variedade de fusos e DDIs e ainda sinto que tenho muito a aprender. Vem muita aventura por aí ainda.

Meus pais sempre me ensinaram que independente do que eu fosse ser na vida, até mesmo uma entregadora de jornal, como meu pai já foi um dia, eu teria que ser a melhor. Fazer tudo com muita dedicação, amor e fé em Deus. E eles sempre me apoiaram e confiaram muito em mim. Eu fui criada por dois guerreiros que se doam em tudo que fazem, não tinha como eu ou a minha irmã sermos diferentes.
Espero poder seguir crescendo, viajando e conhecendo o mundo. Mas o mais importante de tudo é que eu espero continuar levando junto comigo o nome dessa pequena, pacata e amada cidade do sul de minas. Eu sigo na minha missão de crescer e fazer meu nome, e adicionei como propósito pessoal deixar minha marca por onde eu passar.
Devo dizer que só depois que me mudei de Guaxupé é que entendi e senti que eu poderia sair mundo afora, mas parte do meu coração ia sempre ficar aí e que essa marquinha que quero sair deixando por onde eu passar nunca vai ser só minha. Ela é de muita gente que faz parte de quem eu sou hoje - minha família, meus amigos e minha cidade.
E aos leitores que querem se aventurar, têm uma missão ou propósito que vão além das fronteiras da nossa cidade, sigam viagem! Mas nunca se esqueçam de levar o nome de Guaxupé com vocês por aí.
Se perguntarem de onde vocês são, façam como eu que sempre respondo “Uai, eu sou do sul de minas, de uma cidade pequena chamada Guaxupé. Você não deve conhecer, mas deveria!”
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