MULHERES NOTÁVEIS: REGINA CALICCHIO QUINTELLA
- Da Redação
- 5 de abr. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de abr. de 2023
Ela, juntamente com outras mulheres altruístas, idealizaram o maior grupo de mulheres voluntárias de Guaxupé que, ao longo de 8 anos, distribuiu mais de 50 mil brinquedos às crianças carentes do município

Um dos trabalhos voluntários de maior abrangência social desenvolvidos em Guaxupé foi realizado pela Equipe Voluntária de Guaxupé e composta apenas por mulheres. Uma das idealizadoras é Regina Maris Ribeiro Calicchio Quintella, esposa do médico pediatra Heber Hamilton Quintella.
Ela nasceu em 16 de maio, filha de Sálvio Calicchio e Jessy Luíza Ribeiro Calicchio. Desde a adolescência, Regina acompanhou o trabalho voluntário dos pais e acabou se tornando uma voluntária apaixonada e com imensa vontade de fazer o bem. “Meus pais, juntamente com o senhor Pedro Nunes e a D. Maria Tereza, faziam o Natal das Crianças. Eles iam de bairro em bairro recenseando as famílias para poder montar os presentes de Natal para as crianças. Naquela época era muito simples. As pessoas doavam cortes de tecido para fazer os shortinhos dos meninos, para as camisas, um brinquedo, uns carrinhos de madeira e bonecas. E as crianças adoravam. Sr. Olavo Barbosa e D. Lenira nos ajudaram muito", recorda.
Regina cresceu ao lado de 3 irmãs e 1 irmão e recorda que, em sua época de adolescente, eram poucas as mulheres que atuavam no mercado de trabalho ou que faziam universidade - as que faziam, geralmente, cursavam Magistério ou Pedagogia para se tornarem professoras. Segundo ela, essa decisão vinha dos pais. Ela é graduada em Ciências Biológicas mas não chegou a atuar na área. Casou-se e, desde então, se dedicou à família e a gerenciar o consultório médico do esposo. Sua paixão sempre foi a faculdade de Belas Artes, a qual não chegou a cursar.
Porém, se enveredou por outro tipo de belas artes: as belas artes de fazer o bem aos seus semelhantes. E, ao lado de mulheres abnegadas como ela, promoveram um trabalho social dos mais bonitos já realizados na cidade. “Tudo isso começou bem na primeira campanha na qual Heber concorreu. Após as eleições, esse grupo de mulheres manteve-se unido mas com foco no trabalho voluntário. Queríamos fazer uma cidade melhor. Foi então que surgiu essa Equipe de Trabalho Social de Guaxupé – que, atualmente, chamamos de Equipe Voluntária de Guaxupé. Essas mulheres altruístas nos acompanham há muitos anos”.
No primeiro ano de atuação. Regina trouxe à memória o Natal das Crianças que seus pais e os amigos deles faziam. “E a gente trabalhou muito para ver esse projeto realizado”, disse. Mas a cidade cresceu e o número aproximado de crianças a serem presenteadas era grande. Para garantir presentes a todas era necessário gerar receitas que vieram através de bingos,
jantares temáticos e na realização de bailes. A cidade foi envolvida nesse sentimento e todos – comerciantes, prestadores de serviços, empresários e até cidadãos - participaram das doações.
“Nosso trabalho durava o ano todo. Fazíamos os jantares típicos, bingos, barraca na Expoagro, barraca da pizza, entre outras. Muitas vezes, a receita obtida ia diretamente para as creches. Até a Festa Mix, para os jovens, nós fizemos para angariar recursos para o Natal das Crianças. Envolvemos toda a cidade”.
A lista de atividades desenvolvidas pela equipe vai além: some-se a idealização do Arraiá da Solidariedade – que hoje se transformou no “Arraiá do Café” - onde uma parte dos recursos obtidos ia para as creches e outra parte era destinada ao Natal das Crianças. Também as famosas “Ruas de Lazer” que eram feitas aos finais de semana nos bairros e levava educação, cultura e lazer às crianças. Tudo isso aconteceu ao longo de 8 anos ininterruptos. Eram, aproximadamente, 7 mil brinquedos distribuídos por ano, perfazendo um total de 56 mil presentes distribuídos às crianças carentes em grandes festas realizadas no Ginásio Poliesportivo que ficava completamente tomado por famílias guaxupeanas. No ano passado, a Equipe realizou um Jantar Árabe, em homenagem à colônia sírio-libanesa residente em Guaxupé. Toda a receita foi repassada diretamente a entidades sociais do município.
“Foi a maneira que nós encontramos para trabalhar por Guaxupé. Ninguém faz nada
sozinho. Formamos um grande e unido grupo. Dividimos tarefas. Somamos solidariedade.
Ganhou nossa cidade”, finalizou.
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