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Morre Tarcísio Meira; raízes familiares do ator eram de Guaxupé e Cabo Verde

Da Redação
Morreu em São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 12 de agosto, o ator Tarcísio Meira, em decorrência das complicações do novo Coronavírus.


Tarcísio Pereira de Magalhães Sobrinho, mais conhecido como Tarcísio Meira, nasceu em São Paulo, 5 de outubro de 1935, e é considerado um dos maiores atores e galãs de sua geração. Marcou época com seus personagens, no cinema, no teatro e na televisão. Durante décadas eternizou a televisão com mocinhos e vilões que marcaram a teledramaturgia nacional.


Tarcísio tem ligações com a cidade de Cabo Verde, no Sul de Minas. Era filho de Raúl Pompéia Pereira de Magalhães Sobrinho - que nasceu em Guaxupé - e de Maria do Rosário Meira Jáio de Magalhães.

Ele ganhou o nome do tio Tarcísio Sebastião, que viveu toda a vida em Guaxupé e tem rua com esse nome na cidade.


Seu trisavô paterno, o tenente-coronel Antônio Joaquim Pereira de Magalhães, era natural de Cabo Verde, onde nasceu em 24 de abril de 1784, atuando também como Juiz de Paz, jornalista, proprietário rural e foi um dos fundadores das cidades de Machado e Muzambinho.


Desde 1962, o ator estava casado com a atriz Glória Menezes, com quem teve seu único filho, o também ator Tarcísio Filho. O artista também era padrasto de João Paulo e Maria Amélia, filhos que sua esposa teve no primeiro casamento. Tarcísio e Glória são reconhecidos por possuírem um dos casamentos mais sólidos do meio artístico.


O casal se aposentou em setembro de 2020, depois de mais de cinquenta anos na Globo, por não terem seus contratos renovados. Foram morar em uma fazenda de gado no interior de São Paulo.

Carreira


Tarcísio Meira nunca teve dúvidas de que foi “o cara que mais decorou palavras no mundo”. Mesmo que a marca não apareça no Livro dos Recordes, o fato é que só na televisão foram mais de 60 trabalhos – mais de 50 na TV Globo –, entre novelas, seriados e minisséries, teleteatros e telefilmes, numa carreira que começou em 1961, na extinta TV Tupi, e foi se consolidando ao longo dos anos. Um vida que se mistura à história das telenovelas no nosso país. Nesta quinta-feira, 12 de agosto, Tarcísio sai de cena definitivamente, aos 85 anos, deixando certamente um vazio no coração de todos os brasileiros. O ator deixa a esposa e companheira de toda vida, a atriz Glória Menezes, e o filho, o também ator Tarcísio Filho.


Nascido Tarcísio Magalhães Sobrinho, o ator tomou emprestado da mãe o sobrenome Meira, que, além de ser mais sonoro, somava 13 letras com o primeiro nome – uma superstição da época. Quando jovem, queria ser Diplomata. Para sorte do público, porém, desistiu da ideia ao ser reprovado na primeira prova que fez para o Instituto Rio Branco, em 1957. No mesmo ano, estreou no teatro com a peça ‘A Hora Marcada’. Em 1959, fez seu primeiro espetáculo profissional, 'O Soldado Tanaka', convidado por Sérgio Cardoso.


Tarcísio estreou na TV no mítico ‘Grande Teatro Tupi’, um programa de teleteatro, onde contracenou pela primeira vez com Glória Menezes em ‘Uma Pires Camargo’, em 1961, de Geraldo Vietri. Os dois se casaram no ano seguinte. “Conheci Glória quando estava ensaiando uma peça dirigida por Antunes Filho. Eu a vi passar no palco e falei: ‘Que mulheraço! Que mulher bonita’”, contou em entrevista ao Memória Globo. Da união, nasceu, em 1964, Tarcísio Filho.


Em 1963, o casal trocou a Tupi pela Excelsior, onde participou da primeira novela diária da televisão brasileira, ‘25499 Ocupado’, de Dulce Santucci. No mesmo ano, fez o seu primeiro filme: ‘Casinha Pequenina’, com Mazzaropi.


Na TV Globo, Tarcísio estreou em 1968, com a novela ‘Sangue e Areia’, de Janete Clair. A adaptação do romance do espanhol Blasco Ibañez escrita por Janete fez com que Tarcísio e Glória se tornassem um dos pares românticos favoritos do público. Também marcou o início de uma parceria duradoura: ele protagonizou mais seis novelas da autora. Outra parceria bem-sucedida de Tarcísio foi com Lauro César Muniz. A história do país serviu de cenário para ‘Escalada’ (1975). Nela, o ator viveu Antônio Dias, personagem que interpretou da juventude aos 70 anos, tendo testemunhado a construção de Brasília.


'Irmãos Coragem' (1970), novela na qual viveu o mocinho João Coragem, foi um dos maiores sucessos da fase preto e branco da TV brasileira. Para se ter uma ideia, o penúltimo capítulo da trama deu mais audiência que a final da Copa do Mundo. “Foi a primeira novela que os homens admitiam que viam. Até então, eles viam meio escondidos, porque novela era coisa de mulher”, explicou Tarcísio ao Memória Globo.


Seu último trabalho na emissora foi ‘Orgulho e Paixão’, em 2018. Na trama de Marcos Bernstein, inspirada na obra da escritora inglesa Jane Austen, ele viveu Lorde Williamson, pai do mocinho vivido por Thiago Lacerda. Em outros trabalhos recentes viveu ainda Fausto Leitão, em ‘A Lei do Amor’, e fez uma participação como o Coronel Jacinto, em ‘Velho Chico’, ambas em 2016.


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