Reserva ficará à disposição dos agentes financeiros após avaliação das perdas causadas nas regiões produtoras
O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou a reserva de R$ 1,32 bilhão do orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para atender os cafeicultores prejudicados pelas geadas nas últimas semanas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
A medida já havia sido discutida na reunião do Comitê Técnico do conselho na semana passada. Agora, o tema será encaminhado ao Ministério da Economia para ser submetido ao Conselho Monetário Nacional (CMN), em reunião extraordinária.
Com o aval do CMN, os valores ficarão à disposição dos agentes financeiros após uma avaliação oficial das perdas causadas pela geada nas regiões produtoras. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) conduz o levantamento em conjunto com entidades do setor cafeeiro.
"Após a aprovação do CMN, os recursos serão liberados para os bancos para atender às demandas dos produtores, cooperativas, indústrias e exportadores, o que deverá acontecer nas próximas duas semanas" explica o diretor de Departamento de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Silvio Farnese.
Os recursos fazem parte dos R$ 5,9 bilhões aprovados para aplicação nas linhas de financiamento do Funcafé na safra 2021/2022. Com a manutenção da reserva, nesse primeiro momento, os agentes financeiros terão R$ 4,6 bilhões para as linhas de crédito de custeio, comercialização, capital de giro e aquisição de café. Os contratos estão no final de processamento.
O CDPC é formado por sete membros do governo federal e sete da iniciativa privada, das principais associações de produtores e da indústria. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e o secretário-executivo, Marcos Montes, participaram da reunião do Conselho.
"É uma boa notícia para tranquilizar aqueles que tiveram problemas. Os estudos que encomendamos através da Conab e de várias instituições estão chegando para fazermos uma avaliação e encaminharmos esses recursos de maneira correta para atender os cafeicultores desses estados atingidos pelas geadas de julho", disse a ministra.
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